domingo, 16 de agosto de 2009

Refúgio.


Sei que és o meu refúgio. Quando não estou contigo, sinto o sentimento de perda a renascer outra vez. Sinto o buraco, melhor, os buracos no peito cada vez melhor. E tenho que me encolher e proteger-me sozinha. Mas quando voltas fica tudo muito diferente. As paredes do meu quarto voltam a ter a mesma cor verde e rosa. As cores dos quadros voltam a ser as mesmas. E volto a ver o Sol a invadir-me a janela, sem permição. Foi assim que apareces-te. Invadiste-me sem qualquer permição, o que na altura me revoltava, mas agora.. Agora peço, por invadires vezes sem conta sem uma unica permição. Os teus braços conseguem proteger-me? As tuas palavras conseguem ser suficientes para curar tudo? Curar não digo, ajudar sim! Por isso te digo que és o meu refúgio. Usar-te, nunca o farei! Já te fiz algumas promessas, sem saber se um dia farei batota. E se me ajudasses a não fazer, seria ainda melhor. Não que quisese fazer "a batota", mas.. Não sei como explicar.

Tens tanta força, que consegues por-me sempre um sorriso sem ser forçado. O calor, transforma-me a pele gelada em pele morena mais quente, e como o consegues fazer? E imaginamo nos na praia.. Sei que esse será o nosso lugar e que nuna me iras deixar sozinha. Mas será mesmo assim? Ou é outra ilusão?

O medo apoder-se do meu corpo.. Sem bater a porta. Não me quero partir em mil pedaços nas tuas mãos. Como um prato de porcelana, onde estaria escrito «Sol».

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