terça-feira, 25 de agosto de 2009

26.08.2009



Estava um pouco envergonhada, até que me agarras-te a mão e me puxas-te para junto de ti. Não sei bem o que me deu, para que deixasse.. Acho que me sentia fragil, e carente com a ausencia do meu Sol. Foi o que me levou a fazer tal coisa. Ausencia. Agarras-te no meu rosto e olhavas directamente para os meus olhos castanhos, e cada vez mais perto. Sentia o sopro quente da tua respiração no meu rosto. Até que desviei o olhar, sem nunca disfarçar. Na verdade não queria que acontecesse, por mais que pensasse que era errado «usar-te» como cura da ausencia de quem seija que fosse. Mas não conseguia largar-me dos teus braços. Passavas com as tuas mãos no meu rosto, e fazias caretas. Tiravas os meus cabelos que estavam presos nas alças da camisola. Encostavas o queixo a minha testa, e davas um beijo em sinal de respeito. O nervosismo acalmou, e veio as dores de barriga (borboletas na barriga). Ao mesmo tempo, sem dar conta eu mexia-te nos braços, fazendo formas de remuinho. Passei de um estado gélido, para escaldante o que me fez ficar admirada. Já tu, estavas com uma temperatura bastante normal, o que me incomodou.. Naquele momento não parecia ser três anos mais nova. Mas não conseguia disfarçar o meu olhar, ao homem que trabalhava com um esforço terrivel, sem prestar atenção nenhuma, e sempre presa aos pensamentos. Perguntava-me se seria certo estar ali? Se estaria a magoar alguém?
Davas-me beijos cada vez mais perto dos labios. Não queria.. Derrepente senti as tuas mãos agarradas a minha cintura, e rias-te sempre com o teu ar de uma criança traquina. Subias e descias com movimentos suaves. E encostas-te a cara ao meu pescoço, respiras-te fundo e disses-te que usava um perfume doce. A unica reacção que tivera, foi um sorriso a que não estava habituada. Beijavas-me o pescoço sem hesitar. Sentia-me bem nas tuas mãos. Derrepente disse-te que me queria sentar. Sem nunca disfarçar os meus pensamentos, olhaste-me fixamente e foste para um pouco mais longe. Deixaste-me pensar, e por mais que tentace, por mais o esforço que fazias para me tentares roubar um beijo, me agarrares com as duas mãos e passares os dedos nos meus braços.. Não conseguia e afastava-te com empurrões, sem nunca teres percebido a razão. Os beijos nas costas, perto do pescoço, eram calorosos. Não os conseguia evitar. Alias cada passo que davas não conseguia evitar. Só conseguia pensar em Sol, Sol e Sol. Encostas-te a face ao meu ombro, e também assim fiz, sentia o perfume agradavel que usavas, e fechei os olhos. O que via era uma esfera com tons amarelados, com raios que quase me deixavam cega, era belo.. E a despedida foi muito fria da minha parte. Não queria mais nada, se não ir-me embora, pelo lado de evitar o carinho e afecto, não pela companhia.

3 comentários:

  1. quando li este texto, ate me veio as lágrimas aos olhos. tá tão sentido, mexe com qualquer pessoa :')

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  2. quando li este texto marta, nem sei, fiquei completamente arrepiada e com os olhos a brilhar. escreves tao bem, continua $:

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  3. ADOREI! tu escreves incrivelmente bem *.*

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