sábado, 8 de maio de 2010

entre dois segundos.


Dois segundos. Apenas dois segundos para a raiva e amargura me corroerem por dentro. Tudo me percorria a pele a alta velocidade e com uma frieza no olhar, lá estava eu, em pé, imóvel e serena, feita de pedra. Em que a única coisa que não lá estava, era o meu coração. Eu agarrava neste, ocupando-me as duas mãos. Sem coração a vida parecia-me mais fácil e sentia-a muito mais que antes. Conseguia sentir o ardor dos meu olhos, conseguia sentir cada pinga de sangue escorrer-me pelas mãos e ouvi-las cair no chão, ping, ping, ping. Conseguia sentir cada vez mais o peso do meu corpo e o paladar desaparecer a medida que saboreava cada pedaço da minha existência. Agora, continuo aqui.

5 comentários:

  1. tens toda a razão, quem me dera que também fosse assim sempre :)

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  2. eu também adoro, são tão lindos! e apetece-me cortar os pulsos por não ter conseguido bilhetes para a aula magna, damn it.

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  3. ahah, eu em relação a isso também tive sorte, também posso comer de quase tudo sem grande preocupações.

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  4. fico muito contente por gostares do meu blog :)

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  5. a raiva apodera-se de nós cá com uma rapidez!

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