quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Diário da tua ausência VI


Travei batalhas, por ti. Derramei o sangue destas. Chorei a derrota final. Mandei pela janela o meu lenço branco, que já estava mais amarelo do que branco, para que a paz voltasse a morar em mim. Foi tempo perdido, pois ainda hoje me continuas e invadir o pensamento sem qualquer tipo de permissão, e eu que te pedia antes, para que essa sensação não morresse em mim. E ainda hoje está aqui, vivinha da silva, a atormentar os meus santos dias. E isto tudo porquê? Porque apareceste diante mim, sem avisar. Não vou jurar nada, pois depois posso falhar, mas digo que não vou chorar mais, e que a próxima vez que apareceres sem aviso, fecho-te a porta e a meia dúzia de janelas.

Vá lá, só quero tréguas.


2 comentários:

  1. isso, fecha-lhe a porta, e a meia duzia de janelas, mas não feches totalmente. deixa-lhe uma ranhura onde ele possa espreitar.

    beijinhos, Margarida.

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  2. disseste-me para vir aqui, pois isto já estava actualizado. Quando li, isto lembrai-me de todas as nossas conversas. E de quando falavas comigo, os teus olhos brilhavam. Era bom ver-te assim. Agora, quando te vejo, já não tens brilho no olhar, já não sorris da mesma fora. Já não és a Marta que conhecia.Esperemos que ele se aperceba, que te está a mal tratar, indirectamente.

    Beijinhos, e quando te voltar a ver quero que sejas a Marta pequenina. Alexandre.

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